quinta-feira, 2 de junho de 2011

Verso do avesso

Procuro em versos explicar o meu avesso,
e no verso de minha vida as coisas estão bem normais.

Não entendo a frustração nem a tristeza, uma vez que o avesso
é o soneto da felicidade.
e como vivo no avesso o fim é o começo e o começo é o fim.

No avesso do meu verso, as palavras parecem soltas e sem explicação.
No verso do meu avesso parece que sou feliz, uma vez que o que completa o meu viver,
são as pequenas minguas de carinho que saltam do avesso para o verso.

E o que salta do verso para o avesso são as páginas da minha vida.
Escritas em versos opostos, em Hiperbóles, pleonasmos e metáforas.

Se a minha vida começar do avesso, conhecerei mais tardiamente a felicidade,
mas se olhar pelo verso lerão: este foi feliz.

A minha ou a sua vida seja no verso do avesso, ou no avesso do verso,
implicará numa descrição final de que escrevemos as nossas vidas,
e que o futuro ficará do avesso, se no verso não explicar para o porque você veio.

Sandresson

sábado, 21 de maio de 2011

Encontro pela separação

Sonhos que são traídos pelo acaso,
Vidas que se encontram pela obra do incerto.
Vidas que encontram a morte,
Desejos que esbarram em limitações,

Abraços limitados pela matéria corporal,
Espíritos separados pelos corpos,
Visões limitadas pela vaidade,
Orgulho limitado pela insegurança.

Esbarro na limitação das limitações,
Sou um ser separado pelo ser,
Sou um existir separado pelo esquecimento,
Sou uma lembrança apagada com a história

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Marcas e preservação

Escritos parecem deslizar em minha mente e as palavras parecem sintonizar aquilo que outrora impregnava o coração com lembranças doídas de uma passado marcante.

Não gosto de olhar para trás e ver o que se passou esvaindo-se em minhas lembranças, sem que elas possam de algum modo sequelar o meu porvir. Sou feito de um presente bem vivido e de histórias bem contadas.

Marcas são lembranças, choros são trilhos que marcam o caminho da felicidade e as coisas ruins parecem guardadas em lembranças inominadas.

Preservo amigos, preservo o cheiro da infância, preservo os amigos imaginários, preservo o sofrimento que me fez crescer, preservo a ignorância que instigou o meu saber, preservo as coisas ruins e que me tornaram um projeto do que é ser bom.

Preservo as belas melodias que entoaram gerações antigas e que me parecem reviver o que nunca vivi. Nostalgia ou boas lembranças? Ou será que as boas lembranças são nostalgias?

Vejo o tempo passar, conceitos mudam, e estes geralmente renovam o estoque de amigos ou nos fazem preservar o que já temos.

O tempo que nada faz mudar, se não nós que mudamos com o tempo. Este sempre foi o mesmo. Todavia, o tempo é o meu amigo, eu mudo, e ele, Não!!

Sandresson de Menezes lopes.

Se posssível ler o texto escutando:Moonlight Sonata de Beethoven

http://www.youtube.com/watch?v=vQVeaIHWWck&feature=related

sábado, 26 de março de 2011

De Volta

Após algum tempo sem expor os sentimentos por meio das palavras, voltei a colocá-las em ordem no pensamento e no coração. Decido escrever, pois as palvras mandam em mim e os sentimentos reforçam a esperança de que por meio da escrita os sonhos tornam-se realidade, a tristeza torna-se alegria, o pequeno virá grande e as metáforas, outrora utópicas, tornam-se realidades extremamente palpáveis e sensíveis aos duros de coração.