sábado, 21 de maio de 2011

Encontro pela separação

Sonhos que são traídos pelo acaso,
Vidas que se encontram pela obra do incerto.
Vidas que encontram a morte,
Desejos que esbarram em limitações,

Abraços limitados pela matéria corporal,
Espíritos separados pelos corpos,
Visões limitadas pela vaidade,
Orgulho limitado pela insegurança.

Esbarro na limitação das limitações,
Sou um ser separado pelo ser,
Sou um existir separado pelo esquecimento,
Sou uma lembrança apagada com a história

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Marcas e preservação

Escritos parecem deslizar em minha mente e as palavras parecem sintonizar aquilo que outrora impregnava o coração com lembranças doídas de uma passado marcante.

Não gosto de olhar para trás e ver o que se passou esvaindo-se em minhas lembranças, sem que elas possam de algum modo sequelar o meu porvir. Sou feito de um presente bem vivido e de histórias bem contadas.

Marcas são lembranças, choros são trilhos que marcam o caminho da felicidade e as coisas ruins parecem guardadas em lembranças inominadas.

Preservo amigos, preservo o cheiro da infância, preservo os amigos imaginários, preservo o sofrimento que me fez crescer, preservo a ignorância que instigou o meu saber, preservo as coisas ruins e que me tornaram um projeto do que é ser bom.

Preservo as belas melodias que entoaram gerações antigas e que me parecem reviver o que nunca vivi. Nostalgia ou boas lembranças? Ou será que as boas lembranças são nostalgias?

Vejo o tempo passar, conceitos mudam, e estes geralmente renovam o estoque de amigos ou nos fazem preservar o que já temos.

O tempo que nada faz mudar, se não nós que mudamos com o tempo. Este sempre foi o mesmo. Todavia, o tempo é o meu amigo, eu mudo, e ele, Não!!

Sandresson de Menezes lopes.

Se posssível ler o texto escutando:Moonlight Sonata de Beethoven

http://www.youtube.com/watch?v=vQVeaIHWWck&feature=related